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Miss Nothing

"I am different ... Equal to the rest of the world."

10
Jul17

O que foi isto que eu li?

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Há uns tempos acabei o segundo livro dos novos que adquiri na feira do livro. Estive com ele por mais de duas semanas e a demora foi sustentada pela minha falta de vontade em lidar com algo que foi mais do mesmo. Só de pensar que na feira acabei por adquirir o resto da trilogia... O que o primeiro me proporcionou faz-me questionar sobre a qualidade dos seguintes.

Depois de eu ter lido o Protector, atirei-me ao Amante da mesma autora convicta da qualidade. Desta vez, em vez de um guarda costas e a menina bonita do papá eu iria ser brindada com uma designer de interiores e um homem podre de rico, aristocrata (acho que era o que estava apontado na sinopse), e eu pensei: que fixe, nunca li nada com uma rapariga com uma profissão destas. Já adivinhava o tipo de homem com que iria lidar mas estava de bem com isso: se a escritora soubesse o que estava a fazer, de algo que já está mais do que batido poderia sair algo agradável de se ler. A questão foi que aquilo que encontrei revelou-se exactamente o oposto depois de eu ter sido eludida com os primeiros capítulos.

Eu acreditei mesmo que iria gostar da história. O tipo de homem que o Jesse, o protagonista, é ficou à vista no início e eu fiquei satisfeita por me deparar com uma mulher com atitude, uma mulher que se impunha e não se deixava levar só porque o rapaz era bonito e poderoso. Contudo, o início do livro não passou disso mesmo: uma ilusão. Uma aldrabice bem diferente do que está mais para a frente.

Quebrei completamente o nível de leituras que andava a ter, passei de quatros (para cima) para um dois e meio; esse meio graças ao início e final do livro. O miolo? Tudo a mesma pasmaceira. Sexo, sexo e sexo. Foi uma história sem essência que em quinhentas e poucas páginas deu mais do mesmo e roda tudo o muito improvável. Foi mais um relacionamento repentino e isso leva-me a questionar se a autora conhece outro tipo de relações.

Este livro despertou uma data de sentimentos negativos em mim que eu às tantas fiquei confusa quanto àquilo que mais me desagradou: o livro ser mais do mesmo, a personagem feminina se ter revelado a coisa mais desenxabida ou o personagem masculino. Eu até então costumava apreciar a minha lista de personagens masculinos que adoro. Pela primeira vez criei uma categoria contrária. Achei este Jesse tão abominável que me é verdadeiramente complicado de entender como é que na sinopse está escrito que as mulheres se vão render a este homem. Ele é possessivo, obsessivo e, claramente, tem alguma perturbação mental para agir como agia para com ela. Vestir-lhe uma camisola à força porque não quer que o seu amigo a veja de top e calções, obrigá-la a fazer o que não quer, destruir-lhe um vestido em farrapos porque acha ser demasiado curto e não quer que os homens olhem para ela é a ponta do iceberg do terror que é este Jesse. E a miúda? Tão bipolar. Tão depressa está zangada como muda de atitude a um suspirar do homem - num sentido literal! - e já está a achar aceitável o facto de ele lhe estragar as roupas e de lhe comprometer o trabalho. Se houve coisa que este livro me ajudou a estabelecer foi o tipo de personagens que eu não gosto de todo.

Terminar este livro foi um alívio e deixou-me sedenta por um livro com cabeça, tronco e membros: uma coisa decente. O seguinte das leituras por que estava ansiosa foi o Dúvida Razoável. Um obrigada GIGANTE à Whitney G. por me ter ajudado a limpar a mente do desastre que foi o Amante. O Christian Grey ao lado deste tipo? É um santo. 

19
Jun17

Ter mais gastando menos.

Ontem foi o último dia da feira do livro. Apercebi-me disso hoje quando olhei para o calendário e vi que estávamos a dezanove de Junho. Como assim a feira do livro já terminou? Sinto que não a aproveitei como devia, ainda que tenha feito boas compras e aproveitado dezanove livros no total. Estive a pensar nos gastos, agora que a feira terminou, e pus-me a fazer contas relativamente ao quanto tinha poupado no total, com as duas idas à feira. Este ano o meu orçamento era maior. Deixei o dinheiro, que ganhei da formação que fiz, de parte e estive, mais do que nas outras edições da feira do livro, à-vontade em relação a custos. Ainda que o dinheiro estivesse inteiramente reservado para livros, eu estabeleci mentalmente um limite e acho que, daqui para a frente vou manter esse orçamento, independentemente da possibilidade de ter mais na carteira.

A feira do livro de Lisboa, este ano, arrecadou 144.09€ de livros que vieram parar às minhas mãos (oh meu Deus, tanto!), deste valor apenas 55.37€ saíram do meu orçamento; do resto: foram livros oferecidos: seis pelo meu pai, cinco, tecnicamente, pela minha avó. Foi, portanto, uma poupança maior. Uma poupança de dimensões ginórmicas se eu pensar que esses 144.09€ poderiam ser, na verdade, 251.89€ caso tivesse adquirido os livros a preço de editor. A diferença entre estes dois valores foi de 107.80€, o que deixa à vista que, apesar dos gastos, houve uma senhora poupança para os três inferidos.

Este tipo de contas são um bálsamo para a alma. Deixa claro aos meus olhos que apesar de ter sido gasto dinheiro, a poupança é indiscutível e em boas proporções! Estou já ansiosa por aquilo que posso adquirir na feira no próximo ano. Acredite-se, ou não, eu já comecei a fazer lista: foi inevitável depois de ter visto determinadas coisas na feira: quero ter a certeza de que não me esqueço deles.

Ainda estou encalhada na leitura de uma das aquisições que fiz da feira, o segundo a que me atirei dos novos que foram comprados. Começou bem, mas agora está a custar-me um pouco pois estou a sensação de que é tudo igual. Há um padrão de acontecimentos desde um início que se mantém até então, já depois de metade do livro: atracção, ela diz não, ele dá-lhe a volta, enrolam-se, ela afasta-se. Atracção, ela diz não, ele dá-lhe a volta, enrolam-se, ela afasta-se....e por aí. No início, as recusas dela deixam-me entusiasmada e pensei que a protagonista tivesse uma grande força de carácter e se soubesse impor, sem admitir que uma pessoa que mal conhece mandasse nela, mas agora... Uma coisa é certa: eu não estou a cair de amores pelo protagonista, como as sinopses em todo o lado disseram que aconteceria.

09
Jun17

87ª edição da Feira do Livro. - Parte 2

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Segunda ida à feira do livro? Foi. A. Lou-cu-ra. Oh meu Deus. Fui para o parque Eduardo VII com a minha lista em riste, com os devidos apontamentos em relação ao que adquirir em que editoras para mais tarde não me perder. Foi a minha segunda ida à feira e a primeira vez em que usei, de facto, dinheiro do meu orçamento: as minhas primeiras aquisições foram, tecnicamente, oferecidas pela minha avó. Eis em que se resumiu o segundo assalto: onze livros. Espera, tenho de repetir: onze livros. Socorro, ainda que a minha lista fosse pseudo-grande eu não contava sair de lá com muitos-muitos livros. Vou para a feira do livro com um orçamento que eu respeito até ao fim, contudo, na altura, acabo sempre por me gerir perante os gastos e há sempre livros que ficam para trás. Este ano, tudo o que pertencia à Quinta Essência (Duas irmãs, um duque; Mais do que sedução; Sedução perigosa; Dominadas; Incontrolável) foi-me oferecido pelo meu pai, assim como o Dúvida Razoável, um dia anterior, da Topseller. Isso significou uma poupança considerável no meu orçamento. Beeeemmmm considerável.

Preto no branco, ontem comprei seis livros. Desses seis, três não levei com a magia da Hora H: os outros dois da trilogia Este Homem da Jodi Malpas (estou neste momento a ler o primeiro dos três e estou a apreciar um pouco mais do romance em comparação com a história do guarda-costas) e Um Mar de Rosas da Nora Roberts (Saída de Emergência: vende livros bem bons e só prega rasteiras na feira a quem quer comprar).

Em termos de custos e poupanças, a minha segunda ida à feira do livros tirou-me 55.37€ do bolso. Se tivesse comprado os livros com o seu preço de editor? Ter-me-iam saído a 94.65€; poupei, então, há volta de 40€. Mas, tendo em conta que vim para casa com onze livros, a poupança foi, na verdade, ainda maior. Estive a fazer as contas e se tivesse comprado os onze livros, os gastos seriam de 95.77€ (com as devidas promoções de 50%; teria pago praticamente o que dei pelos seis que levei: a preço de editor). Isto significa que por onze livros houve poupança de 80.08€. Nada, nada, mesmo nadaaaaaaaaa mau!

06
Jun17

O livro do guarda-costas e a menina bonita do papá.

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Primeira aquisição da feira do livro deste ano? Completamente devorada. Não lia um livro tão rápido desde os livros da Elle Kennedy que devorei algures em Maio. Estava tão animada com a temática deste livro que pegar nele e embrenhar-me na história foi uma das coisas mais fáceis de sempre. Comprei-o na sexta, comecei a lê-lo no mesmo dia e acabei-o hoje de madrugada. Tecnicamente demorei à volta de três dias, no entanto, não deixo de pensar quão rápido o li, em comparação com os últimos tempos, tendo em conta que, até o acabar, sábado, domingo e segunda não li mais do que duas horas e meia por dia - sim, eu contei -.

Ora bem, guarda-costas. Eu adoro histórias de guarda-costas. Não, o filme com a Whitney Houston não é dos meus preferidos, mas em livro há qualquer coisa de intenso nesse tipo de história. O Protector de Jodi Malpas oferece-nos a história de amor entre um guarda-costas e a rapariga que ele é contratado para proteger. Ao contrário do que eu pensava, o que mais me interessou neste livro foi a trama por trás do que a punha em perigo. Há vários segredos por desvendar ao longo da história, principalmente relacionados com o personagem principal, e, ainda que eu tenha andado às voltas com as minhas teorias, os fantasmas do homem não me moveram como o porquê de a rapariga estar em risco. Claro que ele tinha problemas, claro que ele escondia algo, claro que o que quer que tivesse acontecido ainda o deixava um farrapo e eu queria saber o que era, no entanto, não era por causa dele que ela estava em apuros. Toda eu fui movida por esse caminho, pela curiosidade de descobrir o porquê de lhe quererem fazer mal. E face à descoberta...não posso dizer que tenha ficado desiludida. As bases até foram boas e também acho que a escritora soube construir a trama. A mesma opinião não tive sobre a relação amorosa do livro.

Não sei dizer a última vez que li um livro em que acabasse com uma opinião tão morna sobre a junção de duas personagens. Eu gostei que eles tivessem ficado juntos: uma das coisas que mais gostei foi o impacto que eles tiveram um no outro, acho que a Jodi Malpas soube dar os toques certos em pormenores neste ponto: a química entre a Camille e o Jake é muito evidente e eu nem sequer embirrei com o facto de esta estar à vista no primeiro momento em que eles se vêem. Quer dizer, eu acredito que essas coisas acontecem. O que não aconteceu foi essa química chegar a mim. Eu adoro deparar-me com histórias em que a atracção entre os personagens é tão viva, que eu, ao ler, chego a ficar com borboletas na barriga. A relação da Camille e do Jake não me trouxe nada e perante isso todo o tipo de desenvolvimentos na relação deles com o avançar da história me pareceu repentino.

As noções de tempo também me pareceram confusas. Num dia o segurança é contratado, noutro tem a indicação de um prazo de três dias. Findam os três dias com eles super apaixonados e a indicação de que ela o conhece há semanas. Como assim, semanas? Ela não o conhece quando ele começa a ser o seu guarda-costas? Há três/quatro dias? A ideia com que eu fiquei foi que a acção se desenrola em menos de uma semana: a escritora, pelos vistos, não tem a mesma ideia.

Não posso dizer que tenha sido um livro mau porque não foi. Eu gostei do que li. Em cinco, dei-lhe um quatro porque tem mais qualquer coisa do que envolvimentos numa cama/casa de banho/ao ar livre. Eu gostei do contraste do primeiro impacto: a atracção misturada com aversão. Gostei da maneira como ela, mais tarde, mostrou confiar nele sem pensar duas vezes, gostei dos momentos em que ela estava em segurança, não se estavam a comer, e ambos não faziam mais do que desfrutar da companhia um do outro, gostei da coragem dela na maneira como lidou com o pouco que sabia do passado dele e o respeitou, sem forçar a barra, em relação ao mesmo, da trama, repito, apreciei as ideias em que a história foi construída e, já agora, da capa: bem que cumpre o seu propósito e faz o produto vender. Estou neste momento a ler o segundo livro que comprei da mesma escritora na feira do livro. Diz que foi um best-seller: a ver o que vou encontrar aqui.

03
Jun17

87ª edição da Feira do Livro.

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Primeiro dia e balanço da feira do livro? Melhor que os outros anos. Acho impressionante como a feira nunca me parece igual. Algumas bancas, este ano, encontram-se em lugares diferentes e tudo. Fui num bom dia. Não estava a abarrotar de gente, estava calor mas um vento agradável e havia livros por todo o lado: maravilhoso. Com a excepção de dois livros, preenchi a minha lista com os preços de feira o que é bom sinal: 90% dos livros da minha lista encontram-se na feira. Do que tinha em lista comprei apenas dois, o Protector da Jodi Ellen Malpas (que já comecei a ler e estou a devorar) e o Prazer Absoluto da Cheryl Holt que estava morta por ter e não dava para aguentar mais um ano para o comprar na Hora H. De qualquer forma, tanto um como o outro comprei com descontos decentes (a minha lista tinha os preços bases para isso mesmo: fazer comparações).

O primeiro impacto da feira para mim este ano deu-se em cinco livros. Os outros três que se encontram na foto foram livros que eu encontrei, estavam baratos e acabei por levar. Fiz as contas para ver até que ponto já tinha começado a poupar e ainda que não tenha sido muito eu encontro dois lados positivos que me fazem lidar com os gastos sem cara feia: 1) na primeira ida à feira do livro não cheguei a mexer no meu orçamento: o que gastei tinha-me sido oferecido pela minha avó no dia anterior e isso faz com que, tecnicamente, possa levar mais livros do que o esperado (se eu assim desejar); 2) a diferença dos gastos com as promoções fez-me ver que deixei em bolso 12.83€ e, pouco ou não, nunca é de mais relembrar que a palavra chave da feira é poupar. Mal posso esperar por lá voltar. Ontem cheguei a dar de caras com alguns livros de ficção científica espectaculares: cheira-me que vou acabar por comprar pelo menos um livro do Alien.

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