4am.
Hoje cheguei a casa às quatro da manhã. Quatro-da-manhã. Depois de horas a ajudar pessoas, depois de ter saído mais tarde por uma situação ter demorado mais tempo do que é esperado, eu deixei-me estar na rua à conversa, a rir-me às gargalhadas de situações que não lembram a ninguém mas que são tão verídicas como eu gostar de Disney. Porra, como assim eu só cheguei às quatro a casa quando saí há uma e meia? Confusão é uma coisa que não assiste às ruas àquela hora - e ainda bem! -. Quando me meti no carro não fazia ideia de quão tarde já era, mas bem me parecia que se demorasse mais um bocado ainda via o sol a nascer. E isso soou-me tão bem... Vim para casa com os vidros e o tecto aberto, no carro a tocar Tokio Hotel e Cotton Candy Sky no volume quinze nunca me pareceu tão apropriado e maravilhoso. Sair de madrugada em teoria é uma chatice, mas estou a dizer a verdade quando afirmo que não é tão mau quanto parece: tenho ruas desertas que estabelecem o meu caminho para casa, todos os dias, até então, oiço a minha banda preferida no carro, em bom som, e o meu espírito amolece: é a minha parte preferida da noite.