Greves.
Eu não censuro demonstrações de desagrado para com as condições de um trabalho, mas que é uma dor de cabeça nojenta, é. Fico contente por ter ao meu dispor a Fertagus e por ela não aderir a greves de transportes assim muitas vezes. O horror, então, de dias de greve, para mim, é o caos que isso gera.
Hoje as minhas aulas começavam às dez da manhã. Uma vez que o professor não é pontual eu dou-me ao luxo de apanhar os transportes um pouco mais tarde, sem ter problemas em chegar atrasada. Hoje? Esperei vinte minutos pelo autocarro que demorou meia hora a chegar à estação de comboios - graças ao trânsito, pois claro - e me fez perder três comboios. Depois disso tive de esperar mais quinze minutos pelo comboio. Vou saltar por cima dos quinze minutos da praxe da viagem até ao destino, vou falar, sim, dos benefícios da greve de hoje: o metro de Lisboa. Às vezes esse mesmo meio de transporte é um amor e cessa essas demonstrações de desagrado antes de eu ter que o usar. Hoje - e já vi que para a semana também - será de 24h. A greve do metro de Lisboa obrigou-me a dar uso às minhas pernas assim que cheguei a Entrecampos. Se eu já estava a bufar pelos 65 MINUTOS que perdi em espera de transportes, e nos transportes, pior fiquei pela caminhada de meia hora até à CU. Uma pessoa, assim, até perde a vontade de ser decente.