Oh-Meu-Deus. Tenho a sensação de que não ponho os pés aqui há milhares de anos e...fogo, porque é mesmo verdade. Cuscar? Isso estou sempre a fazer. Conseguir estar mais do que cinco minutos atenta ao mundo virtual? Só mesmo instagram. Tudo o resto tem sido um bocado difícil quando passei a preencher o meu tempo com uma formação e passei a chegar a casa perto da meia-noite. As energias que gastei durante esta semana não foram bem repostas, mas arranjei finalmente um tempinho para me vir actualizar no mundo virtual. Eis que estou finalmente em frente ao pc decentemente e dou liberdade aos meus dedos para me exprimir. Por isso: olá Miss! Novidades? O que tem acontecido? Bem: cinema.
Nos últimos dias de Abril, na mesma altura em que os meus pais foram aproveitar o fim-de-semana prolongado, eu fui ao cinema ver o Guardians of the Galaxy 2. Não sou muito de ver filmes da Marvel no cinema, mas sobre este não pensei duas vezes quando soube da sua vinda. O incentivo? Groot. Levei com imensas fotos e trailers com o pequenito adorável e resisti-lo num grande ecrã pareceu-me impossível. Não fiquei nada-nada-nada arrependida da minha decisão quando fui tão bem servida com aquilo que eu vi.
Um dia antes de eu me atirar ao cinema eu vi uma entrevista aos actores em que afirmavam que este filme era melhor que o anterior - confirma-se -; houve quem dissesse que a banda sonora deste era melhor - não sei se é superior mas está muito ao nível da presente no primeiro filme: ambas são fantásticas -; e também foi dito que o principal desde filme eram os próprios personagens e a jornada que os unida mais como família: foi isso mesmo que eu vi. Foi, aliás, isso que me fez gostar realmente desta sequela do Guardians of the Galaxy. Senti que neste segundo estava presente tudo o que faltou ao primeiro e que em termos de história me preencheu muito mais. Está sem dúvida mais engraçado. E mais adorável porque é impossível resistir ao Groot bebé - o início do filme? Está demais -. Inteirar-me sobre os personagens soube-me a tudo e fez-me compreender e aceitar ainda mais a história. Fui para a sala de cinema sedenta pelo tempo de antena do pequeno Groot e acabei a desejar que cada elemento dos guardiões tivesse o seu merecido destaque. Levei com um filme bem feito, cheio de acção, com uma aventura do caraças, surpreendente e que merece um grande nível de recomendação. Com filmes assim é muito fácil perceber o sucesso do universo Marvel.
Sexta-feira fui desafiada pela Daniela para uma ida ao cinema a que eu não disse que não. Falámos e averiguámos o que ver quando os planos estavam a ser feitos todos em cima do joelho, do nada, porque sim e perante o horário tardio acabámos por nos atirar ao The Shack. Quando dos vários em mesa decidi apostar no The Shack eu acreditei que iria ver um filme de mistério. Queria desanuviar a cabeça e achei que o filme se tratava de um thriller dramático que me iria proporcionar uma boa dose de entretenimento, como só um bom mistério cheio de suspense consegue. Bem, eu estava enganada. O filme foi bom: entreteve-me, cumprindo assim o objectivo de um filme, no entanto, o drama nada teve de mistério e eu, em vez de desanuviar, sobrecarreguei a mente com perspectivas sobre o mundo. A carga filosófica que este filme porta fez-me ir para a cama a pensar em como as pessoas encaram a vida, o que esta porta e acordar da mesma maneira.
Estava convicta de que ia ver um filme sobre um homem que fica sem a filha e ao dar com as suas roupas numa cabana ele iria começar a descobrir coisas relacionadas com desaparecimentos de pessoas e, quem sabe, desmantelar o esquema de um assassino ou assim. Aquilo que o filme me brindou foi a história de um homem que vive atormentado pela culpa de ter perdido a filha de vista e levado a que ela fosse levada e morta e ao voltar ao lugar onde as roupas da menina foram encontradas embarca numa viagem de compaixão e perdão pela necessidade de seguir em frente. Não deixou de ser um filme bonito e que contém uma grande carga emocional: [SPOILER] cheguei mesmo a pensar me iria desmanchar quando ele deu com o corpo da filha e tratou de o limpar e deixar apresentável para um merecido enterro. Se há algo que tenho a destacar é o sofrimento que personagem principal conseguiu transparecer. Cada vez que ele enfrentava alguma situação que levava o espectador a pensar, pelo embrulho filosófico que era atirado, eu tentava colocar-me na sua pele e doía. Há coisas que acontecem na vida que não são facéis e é preciso coragem para conseguir lidar com elas.