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Miss Nothing

"I am different ... Equal to the rest of the world."

06
Out15

Aquele tipo de livros que nos deixa na dúvida se são cinco estrelas ou quase isso.

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Ontem decidi ler isto. Fui dar uma vista de olhos no site da Quinta Essência para conhecer as novidades e abri o link correspondente a esta imagem para ver do que o livro se tratava. Já li livros do tipo: duas pessoas que se juntam porque pelo menos uma delas precisa de se casar para ter acesso a qualquer coisa e a cena corre tão bem que se apaixonam e ficam felizes para sempre. Não vim dizer que o livro não é nada disso, não: o livro é exactamente isso. O que acontece é que há livros e há livros.

Ao ler, fiquei a conhecer a Alexa e o Nick que acabam por acordar um casamento conveniente para ambos: ele precisava de dar o nó para garantir a herança do tio em sua posse e ela para ajudar os pais que, cheios de dívidas, estavam prestes a perder a casa e a levar para o mundo dos desalojados o irmão, sobrinha, cunhada e irmãs gémeas de Alexa que viviam com eles. Tal como eu já referi: não há nada de novo aqui. A magia, como gosto de dizer, está no modo de se fazer as coisas. Na verdade, o Nick não era um ricaço podre de bom que a achou linda de morrer e apanhou para satisfazer os seus caprichos e ainda conseguir lucrar em negócios. Nada disso. Nick era sim o irmão da melhor amiga de Alexa, pessoa com quem esta não tinha contacto há, tipo, uma década. Claro que houve aquele impacto quando se viram, aquelas descrições clichés que nos levam a pensar "ok, já vi que tipo de livro é este" porque a coisa é tão detalhada para expor o grau de atracção entre os personagens que aquilo só dá pano para manga para uma coisa: sexo. Felizmente, neste caso, a coisa deu pano para mais e foi por isso que gostei tanto.

Percebi que havia alguma essência que valia a pena no primeiro momento em que os personagens principais estiveram juntos e discutiram as suas condições para aquele casamento fingido; fugindo à norma, não encontrei um personagem dominador e outro submisso que acabam por fazer sentido pela forma de como se completam. Aqui, dei de caras com dois personagens ao mesmo nível e foi inevitável recordar-me da relação dos personagens principais do Envolvidos, um livro que eu gostei mil. E a piada não ficou por aí porque o Nick e a Alexa eram completos opostos: tudo aquilo que um gostava e desejava o outro odiava e repudiava. Fizeram-me rir com as suas diferenças e, mais que tudo, conseguiram agradar-me com elas uma vez que nem o facto de serem opostos destruiu uma bonita história de amor, fundamentada com amizade, coisa que eu adoro e acredito que faz toda a diferença numa história. E, socorro: foi mais um livro que encontrei que jogava com menções a Disney para fazer sentido. COMO NÃO ADORAR ISTO?!

Para minha desgraça, este Casamento por Conveniêcia faz parte de uma série composta por quatro livros, mas, felizmente, só o primeiro é com este casal o que me levou a virar para outras leituras. O livro não é grande e nem o podia ser quando comecei e terminei ontem. Também nunca tinha lido nada desta escritora: Jennifer Probst, mas foi daquelas surpresas boas porque hoje em dia não conto, frequentemente, com escritoras que estejam ao nível da nossa pizza preferida após um dia em jejum. Ela mostrou-me que sabe fazer magia sem grandes floreados. Prendeu-me com jogos de cartas, imposições de vontades mesmo contra os desejos do outro, artimanhas engraçadas, Disney - claro! -, cenários simples e que podem ser tudo como uma livraria numa sexta-feira à noite e uma casa de família. O livro ainda não saiu em Portugal mas está para acontecer ainda este mês e a leitura deste Casamento por Conveniência foi tão leve, tão simples, tão boa que eu faço questão de comprar o original quando for possível. Ou, - cof cof - de o receber como prenda de aniversário (!) porque esse está mesmo aí ao virar da esquina.

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