Começar o ano de coração apertado.
Cheguei ao fim de 2014 com 57 livros lidos. Ainda pensei ser capaz de chegar aos 60 mas a verdade é que ler por obrigação não combina muito comigo por isso deixei-me estar nos 57 que até, para ser honesta, foi mais do que pensei que iria ler. Pela primeira vez, fiz uma lista. Apontei quais os livros lidos e os devidos autores:
- Jogos Perversos - Shayla Black
- Na Sombra da Vida - J.R. Ward
- Herança de Fogo - Nora Roberts
- Herança de Gelo - Nora Roberts
- No limiar do desejo - Eve Berlin
- Herança da Vergonha - Nora Roberts
- A Chave da Luz - Nora Roberts
- A Chave do Saber - Nora Roberts
- A Chave da Coragem - Nora Roberts
- Espero por ti - Jennifer Armentrout
- Uma paixão indomável - Nora Roberts
- Mundo Encantado - Nora Roberts
- Três é Demais - Jill Mansell
- O mistério de uma flor - Nora Roberts
- Almas em Chamas - Nora Roberts
- Coração Rebelde - Nora Roberts
- Obsessão - Maya Banks
- Delírio - Maya Banks
- Fogo - Maya Banks
- Uma Aposta Perversa - Emma Wildes
- Fica Comigo - Noelia Amarillo
- A última mulher honesta - Nora Roberts
- Dança de corações - Nora Roberts
- Sob a Pele - Nora Roberts
- Seguindo os seus passos - Nora Roberts
- O guerreiro e a valquíria - Kresley Cole
- Enfeitiçado - Nora Roberts
- Amor de Verão - Nora Roberts
- Véus Rasgados - Nora Roberts
- Um olhar de amor - Bella Andre
- Academia de Vampiros - Richelle Mead
- Beijo Gelado - Richelle Mead
- Na Sombra da Paixão - J.R. Ward
- Casado Até Quarta - Catherine Bybee
- Mudança de Rumo - Nora Roberts
- Em exclusivo - Nora Roberts
- Envolvidos - Emma Chase
- Enrolados - Emma Chase
- Luzes do Norte - Nora Roberts
- A Bibliotecária - Logan Belle
- Quando estou contigo - Beth Kery
- A Confeitaria - Bella Andre
- Joujou Romantica 01 - Shungiku Nakamura
- Uma Noite Perfeita - Bella Andre
- A Ameaça - Ken Follett
- Entre o Agora e o Nunca - J. A. Redmerski
- Hotelle (Quarto 2) - Emma Mars
- Os Céus de Montana - Nora Roberts
- Uma Semana Para te Amar - Monica Murphy
- Frutos Proibidos - Sylvia Day
- O Abraço da Noite - Saddie Matthews
- A Dália Azul - Nora Roberts
- A Rosa Negra - Nora Roberts
- O Lírio Vermelho - Nora Roberts
- A partir de hoje - Nora Roberts
- Tentação - Nora Roberts
- O Inferno de Gabriel - Sylvain Reynard
O que há a apontar daquilo que li? Bem, não foi um ano nada mau, tendo em conta que a maior parte das classificações que eu dei andaram à volta de quatro, quatro e tal. Mas, como em tudo, há uns que se salientaram em relação a outros. Aquele que se apresenta em itálico foi o mais fraquinho para mim. Uma noite perfeita foi tão nha que cheguei ao fim a sentir-me uma vencedora. Tem muito pouca essência e quase parece ter sido escrito por favor; logo, a leitura por favor também o é.
O que se encontra riscado corresponde àquele que me desiludiu. Se o primeiro Hotelle comi, dando-lhe pontos por alguns pormenores, o Hotelle (Quarto 2) ficou-me entalado na garganta. São 300 e tal páginas a criar uma intriga baseada em factos que negam quase todo o livro anterior, toca em segredos e confusões que nem acabam por ser desfeitos no final do livro. Enfim, muito sem sentido e chego-me a perguntar se se eu tivesse lido mais rápido se teria sido boa ideia trocá-lo por um mais decente.
Por fim, os em negrito correspondem aos meus tops, aos únicos a que fui capaz de dar escala máxima na minha classificação. Muitos são os livros que gosto mas poucos são aqueles que me arrancam o coração. A J. R. Ward já é uma garantia no que toca a assuntos de leitura e o meu coração, contudo, as outras foram uma descoberta e...olha, está à vista, (tudo livros de que eu falei na miss e que pode ser visto aqui, aqui e aqui).
A Nora Roberts preencheu bem o meu ano, o que não me admira nada: sempre que lia algo diferente acabava a carecer das suas palavras. A trilogia das Chaves foi a coisa mais maravilhosa de sempre assim como os que fazem parte do livro-edição-especial com as histórias dos O'Hurley. De todos, da Nora, o que me soube a pouco foi as Luzes do Norte; ainda que a história seja interessante, e eu tenha adorado as paisagens do Alasca que a Nora dá a conhecer, não sei...talvez o facto de eu ter percebido quem era o mau da fita, quando as personagens foram apresentadas, tenha ajudado nisso.
Para 2015 estabeleci que o meu mínimo de leituras teria de rondar os 50 livros. Não estou realmente preocupada em cumprir o goal. Lerei aquilo que me apetecer, quando me apetecer, sem prazo. No entanto, comecei 2015 da melhor forma. Não acabava de ler um livro desde o meio de Dezembro. Andava a ler um livro bestial - realmente bom - mas andava carente de amor. Puro.
Sábado saí de casa de propósito para ir comprar a sequela de Entre o Agora e o Nunca. Confesso que tinha a mesma no computador desde Setembro do ano passado, altura em que devorei o primeiro, e ainda que tenha dado uma vista de olhos pelo fim consegui resistir e recusei-me a ler até o ter em mãos. Sábado, assim que cheguei a casa...não, não fui ler. Fui fazer panquecas. Mas depois de as comer comecei a ler.
Estava convencida de que ia pisar terreno seguro onde obteria exactamente aquilo que eu queria, mas, mesmo assim, cheguei a deparar-me com uma crítica má ao dito cujo. Ler que não era uma inovação, e uma pseudo-cópia do primeiro, onde só o epílogo é que se aproveitava deixou-me a fazer caretas. Acreditei que iria gostar porque é o que costuma acontecer quando leio críticas negativas de livros que estou morta por ler.
Segundo as minhas contas, demorei pouco mais de 24 horas a ler o dito cujo. Li as primeiras 153 páginas no dia em que o comprei e deixei tudo o resto para domingo onde não consegui parar até chegar ao fim. Essa é sempre a pior parte. Devora-se tão rápido que evidencia o que se diz: o que é bom acaba depressa.
Eu não quero dar spoilers porque o livro é fresquinho, mas: é perfeito. Enquanto lia, várias foram as vezes que me quis convencer de que nada ia superar o primeiro. Entre o Agora e o Nunca...bem, está aí em cima, no link: eu chorei que se farta porque me vi na Cam. Achei tão fantástico que as palavras me faltam para mais elogios. Entre o Agora e o Sempre não é melhor que o primeiro, também não é pior. Está ao mesmo nível e com isto quero dizer que sim, arrancou-me o coração. Foi começar o ano em grande. Foi começar o ano com algo extremamente bom. Tenho tentado ler coisas até ao fim, tal como andava a fazer no final de Dezembro, mas nada foi suficientemente apelativo para conseguir o que a J. A. Redmerski conseguiu com a continuação da história da Camryn e do Andew. Vários foram os momentos em que ela me apertou o coração com a vida destes dois. Perguntem à minha irmã: eu deixei de contar as vezes que tinha de parar de ler por segundos para recuperar de algo tão forte que doía a valer ou de algo tão forte que me emocionava ao ponto de me esforçar para não chorar. No fim-fim? Eu não chorei por pouco. Desta vez porque...a história é maravilhosa e eu fiquei feliz por eles. Fiquei feliz porque tiveram o que mereciam depois de algumas complicações.
Aqui, os protagonistas embarcam novamente numa aventura como a do primeiro livro mas não é uma cópia e não é em todo o livro, como vi a ser apontado. As situações não são as mesmas, não há déjà vus (cheguei a perguntar-me se eu ficaria com essa sensação mas não). Tudo muda a partir do momento em que os personagens se conhecem bem e já partilham uma vida. Não embarcam numa aventura para se conhecerem mas para se remendar e acho que isso marca toda a diferença.
Pergunto-me se, a fazer uma sequela do Entre o Agora e o Nunca, se poderia ter saído algo diferente daquilo que nos é oferecido no Entre o Agora e o Sempre e...talvez. Acredito que sim. Contudo, acho que está perfeito como as coisas foram feitas. Percebo que, ainda que não parecesse com o primeiro, havia fantasmas a rondar os personagens e os mesmos precisavam de ser exorcizados.
Gostei. Está tão perfeitinho que só de pensar no que li o meu coração minga. Eu queria ler romance a sério e foi isso que li. Se me saciou? Bah, aumentou a minha fome! Foi tão bom, tão bom que agora quero mais! Estou carente de amor puro, como disse, o que chega a ser tonto quando, em maior parte, a única coisa que leio é isso. Mas, o que fazer? Ainda não me quero atirar a Nora Roberts - tenho tantas coisas para ler com pinta de ser igualmente BAM a nível de romance -, mas acredito que será o que vou acabar por fazer porque ela percebe o que preciso.
Este ano além de fazer novamente a lista dos livros vou também apontar quando foram lidos. Mesmo que não leia mais de 50, como no ano passado, acho que fico satisfeita com mais de 10 - o que deveria ser o meu verdadeiro goal no desafio do goodreads -. Quanto à J. A. Redmerski, estou pronta a receber qualquer livro seu que venha a aparecer. Ela sabe fazer-me rir - o que considero já de se louvar -, leva-me a filosofar. Faz-me chorar por coisas bonitas e por isso já tem os meus parabéns e o meu coração todo.