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Miss Nothing

"I am different ... Equal to the rest of the world."

15
Nov15

Esc@ndalo.

Esc@ndalo.jpg

 

 

Tenho este livro em minha posse há dois anos e cinco meses e só agora peguei nele. Demorei exactamente uma semana a lê-lo e não foi pêra doce. Não foi mesmo.O início foi a coisa mais penosa por que tive de passar. Foi um "A noite de todas as almas" da Deborah Harkness ali contido nas primeiras páginas - livro que não terminei por muitas tentativas -, tão secante que várias foram as vezes que me vi obrigada a reler por falta de atenção; para não falar daquela vez ou outra em que quase adormeci mesmo. Mas isso ficou mesmo pelo início, porque assim que a história começou a dar seguimento passou a ser interessante. E revoltante.

Eis o que posso dizer em relação a este livro: depressão. Eis o que mais posso dizer : aquele tipo de livro que te dá apenas uma opção: enrolares-te em ti própria e esconderes-te do mundo, debaixo dos lençóis.

Nunca li um livro que me revoltasse tanto, isso é certo. Já li vários que possuíam situações ou personagens (ou ambos) que me chateavam mas nada por que não conseguisse passar, colocando o livro de parte. Um livro que fizesse o meu sangue ferver, que me deixasse revoltada e que nem o facto de o fechar e o me dedicar a outras outras me fazia esquecer? Acredito que não. O meu problema eu sei qual foi: não levar a sério a dica da capa: "Um "Romeu e Julieta" dos nossos dias". Já comprei e li livros do tipo que vinham com essa dica. Para mim, fazer menção ao Romeu e à sua Julieta é a mesma coisa que dizer que vem aí uma história de amor bem bonita. Pensei que fosse mais um desses casos em que as coisas parecem complicadas mas que acabam por se resolver. A história deste livro fez com que as histórias que li até então com a temática 'amor difícil' parecessem canja.

É muito revoltante, injusto e doloroso, como a história de Shakespeare.

Aquele tipo de história que nos aperta o coração e que até custa a passar? Yep. That type.

Fez-me chorar um pouco porque além de ser um martírio durante todo o desenvolvimento da história, logo desde início - (é mesmo a atirar a matar!) -, é também um daquele tipo de livros que nos faz penar até ao fim. Estava eu no penúltimo capítulo a desejar fechar o livro para recuperar da dor mas, ao mesmo tempo, a querer continuar para acabar logo com o sofrimento. Ahhh!

Não é um livro cuja leitura me veja a repetir. Os sentimentos que experimentei em leitura com este Esc@ndalo chegaram-me para evitar releituras. Contudo, ganhei estima pelo Anthony Winter e pela Amelia Wilkes, vivi a história e sofri com eles. Então percebi que por muito que não faça intenções de voltar a ler, não quero/consigo desfazer-me dele, preciso de o ter nos meus livros e quanto mais penso nisso até tenho vontade de o abraçar. Fazia lá ideia do que estava a comprar, em 2013.

A secção sobre dor na minha biblioteca mental adquiriu um novo separador. No entanto, sendo justa, este Esc@ndalo também ficará guardado nas zonas sobre coragem e verdadeiro amor. É uma leitura recomendada a almas fortes e aventureiras, sem receios de se atirarem em passeios por injustiças que fazem mal ao coração mas onde nem tudo é mau. Porque é isso que este livro vos vais reservar.

3 comentários

  • Imagem de perfil

    • Smartie 17.11.2015

    Parece ser bom :3
  • Imagem de perfil

    17.11.2015

    Sim, mas é preciso estar com estofo +.+
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