2017 em meia revista. - II
A segunda parte do meu ano em revista, percebi, já desfolha os capítulos do melhor do meu ano. A segunda parte da história é dedicada às artes. O post deveria ser um evocar das coisas que gosto: filmes, livros, música... no entanto, ler tem sido uma mentira como já várias vezes disse. Este ano o meu goal de livros lidos ultrapassou, por pouco, a metade e com o pouco tempo que eu passei a ter decidi que em 2018 a minha meta de 50 livros irá passar a 20. O meu tempo é tão reduzido...se em 2018 conseguir ler pelo menos 20 irei ficar feliz.
Filmes, por acaso, tem sido o meu escape. Passei a usar os meus pedacinhos de tempo livre para ver filmes. Tenho-me desleixado com isso também e perdi a conta (e a memória) há quantidade e quais os filmes que vi desde Agosto. Foram vários. Vários e de diferentes estilos. Tanto me atirei a animação - como o Mune, guardian of the moon -, a filmes de acção - a memória falha-me por completo aqui - romance, drama, comédia - outras falhas de memórias profundas aqui - sem esquecer de terror. Na altura do Halloween andei a ver de quarentena filmes de terror e outros mais leves em alusão há época: em 2017 vi pela primeira vez o muito conhecido Hocus Pocus: adorei. Andei a servir-me em casa, portanto, daquilo que deixei de ir ver fora de casa. Se cinema era uma constante no início do ano isso parou após eu ver o Cars 3 e não por falta de vontade ou por desprezar os filmes que andavam e andam em exibição. Tudo se resume ao mesmo: se o meu tempo é apertado ao ponto de eu não conseguir pegar num livro e ler mais do que um capítulo de seguida, cinema é mesmo de quando em vez. Encerrei as minhas relações com o cinema por este ano e sinto-me satisfeita por as últimas idas terem valido a pena.
O meu Novembro, este ano, trouxe-me uma data de coisas e memórias boas.Tratando-se de um mês de estreias para filmes Disney eu estava em pulgas para fazer parte do Universo da nova animação. A Disney deixa-me sempre com boas impressões dos seus projectos - já toda a gente o sabe -, ganhou infinitamente o meu coração no início do ano com o live action d'A Bela e o Monstro, despedaçou-me com o Cars 3 no Verão e amoleceu-me pela enésima vez com o Coco que é, de facto, uma das melhores histórias e um dos melhores produtos da marca. A fasquia está sempre a aumentar, é um facto. Achei um filme bem disposto e divertido que, além de dar que pensar, apela a belas noções de família que tocam até a um coração duro. A paixão do Miguel conquistou-me, a sua energia e a sua luta pelo que amava. É mais uma bonita história de amor da Disney/Pixar: amor para com a família, para com os amigos, para com o que sonhamos.
Eis o último filme que vi este ano no cinema. Estava muito ansiosa pela estreia deste bichinho porque o Jason Momoa é um pedaço de homem que caiu do céu. Queria muito ver o Batman vs. Superman por pensar que ele já lá entrava. Depois veio a desilusão com a falta desse homem na longa-metragem e por fim a alegria pela vinda do filme que iria contar, de facto, com a participação de um pedaço de mau caminho. Sim, quis ver o filme só por aquele pecado. Quem não?! Entretanto, já conhecia o filme da Wonder Woman e estava ansiosa por a ver em acção novamente. Este filme surpreendeu-me, já agora. Pela positiva. Não costumo colocar as mãos no fogo pelos filmes DC no entanto este não me desiludiu. Uma longa-metragem DC não chega aos calcanhares da Marvel mas este produto não estava nada, mesmo nada mal mesmo.
E música? Ohh, passei por experiências incrivelmente boas. Logo depois de vir de Braga eu tive a oportunidade de ir ao concerto do Ben Harper. Pensei que não iria ter possibilidade de assistir, mas fui surpreendida por um presente. Foi o primeiro concerto a que fui em que estava super descontraída com as horas e não senti urgência em estar na fila para entrar desde cedo. Cheguei ao Coliseu a meia hora de as portas abrirem e fiquem num bom lugar, não ficando na primeira fila junto ao palco por opção. Foi dos melhores concertos a que já assisti, fiquei completamente deliciada e apaixonada pelo talento do artista que, sozinho em palco com uma guitarra, me proporcionou mais de duas horas espectaculares. Curiosamente, nesse dia descobri que uma pessoa que me é importante chegou a conhecer o Ben Harper num bar. Deve ter sido fantástico.
Sensivelmente uma semana depois fui ver o Diogo Piçarra pela terceira vez. Foi, até, a primeira vez que me atirei aos concertos das festas de Corroios e, ainda que não tenha gostado da confusão, o concerto proporcionou-me boas memórias. Foi à semelhança de concertos passados que já tinha assistido do Piçarra com a diferença de este ter músicas novas. Ouvir uma das músicas que mais gosto ao vivo - só existo contigo - foi das coisas mais mimosas que eu assisti. Cheguei a tocar nele por várias vezes quando esteve junto ao público. Ainda que me lembre bem da sensação da pele fria do seu tronco nu é mesmo a ideia dele a cantar as partes das músicas que mais gosto que me lembro em prioridade.
Outubro não me ofereceu o último concerto do ano, mas proporcionou-me a oportunidade de ver o John Legend pela segunda vez. Apesar da confusão que se gerou a meio do concerto com uma miúda que não tinha a mínima decência nem respeito pelas pessoas que também estavam a assistir ao concerto (ia havendo molho e tudo), este concerto foi bem-BEM melhor que o primeiro que assisti dele no Meo Arena. Com a saída do novo álbum, o concerto contou em grande parte com músicas novas (boas) mas os grandes clássicos da sua carreira não ficaram de fora (ainda bem!). Tenho a salientar o espectáculo visual que foi igualmente apresentado na exposição das músicas. A magia presa na minha cabeça associada ao primeiro concerto não foi perdida, mas este último concerto do John Legend foi mesmo muito melhor!