Vamos lá falar sobre os Óscares.
Ai os Óscares, os Óscares! Hoje o mundo só vai falar em repeat dos Óscares. E bem que a própria cerimónia deu motivos para isso. Quero atirar-me a alguns pontos antes de evocar o que foi vestido para a cerimónia e para depois dela, onde costumam aparecer ainda mais celebridades para a festa. Este é o meu ponto de vista:
1) Se há uma palavra para eu definir esta edição dos Óscares é emoção. Foi uma cerimónia recheada de discursos sentidos e por mais do que uma vez eu dei por mim a sentir-me igualmente comovida e até a deitar uma ou outra lágrima. Eu destaco as palavras do Mahershala Ali e Viola Davis (melhores actores secundários) e de Benj Pasek.
2) Qualquer cerimónia que faça chover doces arromba qualquer fasquia de expectativas.
3) Qualquer cerimónia que faça menções a Disney ganha ainda mais pontos para mim. Não me escapou a música do Toy Story logo ao início e Jimmy Kimmel, please: quando foi ter com o Sunny Pawar e o ergueu para recriar a cena do Rei Leão? Foi muito top.
4) Eu não sou capaz de me esquecer da edição dos Óscares apresentada pela Ellen DeGeneres e, depois do estrondo que foi, passei a comparar com ela a qualidade dos apresentadores que lhe seguiram. Sem eu esperar, o Jimmy Kimmel conseguiu alcançar o patamar da qualidade que a Ellen ofereceu à cerimónia. Não achei as suas piadas secas, a sua picardia com o Matt Damon durou até ao fim e não foi, de todo, cansativo. Na falta de Ellen, o Jimmy esteve muito-muito bem! Tentou ter piada, com sucesso, sem deixar de ter classe, com sucesso.
5) Muitas dicas em relação ao presidente dos Estados Unidos já eram mais do que esperadas e além do que foi dito em discursos, apreciei a ovação em pé à Meryl Streep que, como todo o mundo sabe, se diz ser demasiado sobrevalorizada: not!
6) Zootopia levou o Óscar de melhor filme de animação (longa metragem), o Piper levou para casa o de melhor curta e o Jungle Book levou o de melhores efeitos visuais. O meu espírito que se alimenta de Disney e Pixar está feliz. Gostava que o filme da Moana tivesse ganho um prémio, pelo menos o de melhor canção original, mas não se pode ter tudo. Além do mais, o facto de não ter arrecadado nenhum prémio não lhe tira qualidade.
7) Uma vez que não vi os filmes nomeados eu só me pude gerir com palpites e a verdade é que acertei na maior parte, conforme fui vendo. Esperava que o Fantastic Beasts levasse o prémio que levou e que o Suicide Squad levasse o Óscar relativamente à caracterização. Contudo, depois de ter visto algumas fotos em relação à caracterização do Star Trek fiquei sem saber se o prémio foi mesmo-mesmo-mesmo merecido.
8) Aquele era mesmo o Sting?! Quando o vi no tapete vermelho eu nem sequer o reconheci. As pessoas envelhecem: certo. Eu é que me esqueci disso, aparentemente.
9) Já toda a gente tem conhecimento do fail dos Óscares e eu não sei o que me deixou com boca aberta: o facto de ter acontecido ou de a situação ser inesperada o suficiente para deixar os comentadores da Sic sem pio. E também não sei o que foi mais embaraçoso: ter havido uma troca de envelopes, os apresentadores do prémio terem aprofundado a gafe ou a crew do La La Land ter subido a palco e estar já a discursar, tudo numa alegria imensa, quando lhes retiraram o doce. Ai Meu Deus...
10) Para terminar numa nota positiva: a invasão de turistas que ficaram chocados por se ver numa sala com tantos famosos foi, para mim, um dos grandes momentos da noite e dos mais divertidos. Quem é que não gostaria de dar um aperto de mão à actriz mais sobrevalorizada do meio, ficar com os óculos de sol da Jennifer Aniston, tocar no Óscar do Mahershala Ali ou ser casado pelo Denzel Washington? Eu sei que eu haveria de me passar!
After party dos Óscares