Ter mais gastando menos.
Ontem foi o último dia da feira do livro. Apercebi-me disso hoje quando olhei para o calendário e vi que estávamos a dezanove de Junho. Como assim a feira do livro já terminou? Sinto que não a aproveitei como devia, ainda que tenha feito boas compras e aproveitado dezanove livros no total. Estive a pensar nos gastos, agora que a feira terminou, e pus-me a fazer contas relativamente ao quanto tinha poupado no total, com as duas idas à feira. Este ano o meu orçamento era maior. Deixei o dinheiro, que ganhei da formação que fiz, de parte e estive, mais do que nas outras edições da feira do livro, à-vontade em relação a custos. Ainda que o dinheiro estivesse inteiramente reservado para livros, eu estabeleci mentalmente um limite e acho que, daqui para a frente vou manter esse orçamento, independentemente da possibilidade de ter mais na carteira.
A feira do livro de Lisboa, este ano, arrecadou 144.09€ de livros que vieram parar às minhas mãos (oh meu Deus, tanto!), deste valor apenas 55.37€ saíram do meu orçamento; do resto: foram livros oferecidos: seis pelo meu pai, cinco, tecnicamente, pela minha avó. Foi, portanto, uma poupança maior. Uma poupança de dimensões ginórmicas se eu pensar que esses 144.09€ poderiam ser, na verdade, 251.89€ caso tivesse adquirido os livros a preço de editor. A diferença entre estes dois valores foi de 107.80€, o que deixa à vista que, apesar dos gastos, houve uma senhora poupança para os três inferidos.
Este tipo de contas são um bálsamo para a alma. Deixa claro aos meus olhos que apesar de ter sido gasto dinheiro, a poupança é indiscutível e em boas proporções! Estou já ansiosa por aquilo que posso adquirir na feira no próximo ano. Acredite-se, ou não, eu já comecei a fazer lista: foi inevitável depois de ter visto determinadas coisas na feira: quero ter a certeza de que não me esqueço deles.
Ainda estou encalhada na leitura de uma das aquisições que fiz da feira, o segundo a que me atirei dos novos que foram comprados. Começou bem, mas agora está a custar-me um pouco pois estou a sensação de que é tudo igual. Há um padrão de acontecimentos desde um início que se mantém até então, já depois de metade do livro: atracção, ela diz não, ele dá-lhe a volta, enrolam-se, ela afasta-se. Atracção, ela diz não, ele dá-lhe a volta, enrolam-se, ela afasta-se....e por aí. No início, as recusas dela deixam-me entusiasmada e pensei que a protagonista tivesse uma grande força de carácter e se soubesse impor, sem admitir que uma pessoa que mal conhece mandasse nela, mas agora... Uma coisa é certa: eu não estou a cair de amores pelo protagonista, como as sinopses em todo o lado disseram que aconteceria.